PASSEIO PÚBLICO - A VILA VELHA (Michel de Freitas)


O chão calçado com pedras em formato de paralelepípedo remete-nos a uma
época em que a tortura era algo comum nos pelourinhos.
As árvores frondosas dão um quê centenário ao local e o ar gélido que o
circunda, também o torna um ambiente agradabilíssimo.
O verde das folhas de Ossaim contrasta com o meio-fio branco.
Do antigo chafariz já não jorra mais água, fica sujo, clamando por uma chuva
para se sentir novamente útil.
As estátuas estão sem narizes, sem caudas, sem fragmentos de vestes, meio
cinzentas, porém com as almas preservadas.
A arte perambula pela vila velha e nela encontra-se impregnada, fazendo
ferver o sangue e pulsar os corações de pretos, amarelos, brancos, marrons,
vermelhos, Joaquins, Marias, Nanas, Márcios, Robertos, Cidas, Vilmas,
Danilos, Cláudias, Lucianas, Josés, deles, delas, o meu e o seu.

Comentários

Postagens mais visitadas