COMO FOI?

De como Beto largou a fotografia e veio dançar com a gente

Este é o relato de Danilo Bracchi, de como veio parar aqui no Vila Velha

Um dia disse: "Mãe, vou para a Bahia fazer teatro". Teatro. Veio de Belém para Salvador, e as coisas pareciam que não iam dar muito certo. "Fiz um curso - que eu não vou dizer qual foi - de teatro que foi muito ruim, para mim". Desiludido com o teatro, ouviu os conselhos de uma professora que disse: "Danilo, vá fazer dança que você leva jeito!". Fez uma audição de um curso da Fundação Cultural, passou. Uma das professoras era Cristina Castro. Isso foi em 98. Na primeira aula com Cristina, na hora de se apresentar, todo mundo dizendo o que fazia da vida, o que gostava, porque tava ali, porque não tava, chegou a vez dele "eu sou Danilo bracchi, não sei o quê, não sei o quê, blablabla...", quase não teve aula nesse dia. Ficaram os dois conversando sem parar. Neste ano, surgiu o Viladança. Cristina chamou Danilo, Danilo veio ver o Vila Velha recém reformado, fez audição e não passou. "Mas Cristina me chamou pra trabalhar na produção". Passada a desilusão, prestou vestibular e entrou na Escola de Teatro da UFBA ao mesmo tempo que tomava aulas com o Viladança. Foi produção de 98 (Megabytes, Exposição Sumária, Hai Kai Baião...) até Ulisses em 2002, quando libertou o doido do teatro misturado com o dançarino. Daí passou a integrar todos os elencos: Caçadores de Cabeças, Auto-Retrato aos 40 e Da Ponta da Língua à Ponta do Pé. Agora, produtor e dançarino, volta a dar vazão ao seu lado criativo na montagem do próximo espetáculo do Viladança: Aroeira - com quantos nós se faz uma árvore, que estréia 16 de junho aqui no Vila.

Danilo Bracchi, personagem do Vila.

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