Viladança leva o Tomaladacá a Macapá

O Viladança atravessou a deslumbrante Foresta Amazônica de avião e chegou à capital do Amapá, Macapá. Já no aeroporto, o grupo conheceu Zeniulde Pereira, coordenadora de cultura do SESC Araxás e uma pessoa super iluminada, atenciosa, que constrói a cada segundo novas possibilidades e faz a roda girar sempre com muita conversa e muito bom humor.



Com uma temperatura ambiente de 40°C, o Viladança visitou o Rio Amazonas. "Para quem vê pela 1ª vez, é como se deparar com um gigante. Aliás, a natureza em Macapá impressiona, tudo é grande, abundante, magnífico e forte", diz Cristina Castro.

O Viladança é o primeiro grupo de dança contemporânea da Bahia que vai a Macapá - uma grande responsabilidade e um enorme presente para a história da companhia.

O espetáculo José Ulisses da Silva foi apresentado na Fortaleza São José, construída há 200 anos para demarcar a fronteira com a Guiana Francesa; hoje patrimônio histórico. Para a apresentação, o SESC construiu um palco a céu aberto. A platéia, com mais de 450 pessoas, recorde de público nos espetáculos promovidos pelo SESC Macapá, foi colocada ao redor. Depois da apresentação, houve um debate interessante com os espectadores, que permaneceram para fazer perguntas para a companhia.

No dia seguinte, Da Ponta da Língua à Ponta do Pé foi apresentado no Teatro Bacabeiras. Graças à ajuda e carinho de Zeniulde, a idéia do Tomaladacá (troca de desenho ou poesia por um ingresso), que acontece no Vila, foi abraçada e o Viladança recebeu mais de 500 crianças na platéia.



Então... olha LÁ o TOMALADACÁ em MACAPÁ! Atitude inteligente de valorização do produto artístico e formação de platéia.



Além dos espetáculos, foi realizado também um intercâmbio com a Cia Graham, com a qual trocamos contatos, idéias e aulas práticas com os professores Jairson Bispo (Viladança) e Cleide Façanha (Grahan).

Outra atividade desenvolvida foi o Pensamentos Giratórios, palestra que teve como convidados Cristina Castro (Cia Viladança), Herbert Emanuel Oliveira (prof° de Filosofia e escritor), e Cleide Façanha (Cia Graham), além de uma platéia de artistas locais de dança e teatro (grupo do SESC) e professores.



A Cia Viladança também foi conhecer a reserva do quilombo Curiau, onde 150 famílias descendentes de escravos vivem até hoje.

Macapá deixou saudades, amigos queridos e a certeza que temos o país mais lindo do mundo.

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